No final da tarde de domingo (21/11), 20 pessoas de todas as regiões do Brasil, foram se achegando e se apresentando na primeira, das três oficinas sobre “Hermenêuticas das Diversidades, Linguagens e Cuidados” … Foi gostoso ouvir as vozes, os ritmos na fala de cada estado ali representado. Lindo também ser perguntado/a/e: como você se identifica, qual o pronome lhe deixa confortável? Cada qual pode dizer como se sente: se “a”, “ela” ou “o”, “ele”, e também se os artigos indefinidos são os que lhe definem.
“Tirar” algo da “mochila” e oferecer ao grupo foi um momento para nos colocarmos e sermos acolhidos/as/es. Aqui a nuvem que expressa o que “tiramos da mochila”:
O Assessor, Pastor Bob Botelho, foi acendendo luzes e conduzindo o grupo em um espaço seguro e confortável. Neste primeiro encontro, não visitamos os textos de terror, usados para ferir a dignidade das pessoas. Isto é, não tratamos de defender a existência das pessoas LGBTQIAP+, e sim, trazer como a diversidade lê a Bíblia e como se vê contemplada nestas leituras.
O texto refletido foi do Evangelho de Marcos, capítulo 14, versículos 43 ao 53. De modo especial pensamos:
- Por que Jesus precisava ser identificado?
- Por que a identificação se dá com um beijo?
- Por que a truculência usada para prender Jesus?
- Por que o rapaz nu é o único que fica? E, para que ele se desfaz do lençol? Aqui, o Pastor Bob provoca o grupo: Tudo o que esse jovem precisava para seguir Jesus era o seu próprio corpo.
Isso tudo foi refletido na perspectiva de Deus como habitação, ou da forma que habitamos em Jesus.
Ao final do primeiro encontro, saímos com gostinho de quero mais e muitas descobertas. Dentre elas, a afirmação de que o Jesus, seguido por nós, está convivendo conosco todos os dias, e, esta certeza é um alívio, é gratificante, identificadora e nos mantém vivas/os/es. E ainda, para fazer o seguimento a Jesus precisamos manter nossos corpos nus, livres das hipocrisias, “lençóis finos” com os quais a sociedade finge ocultar quem somos, e, no entanto, são os pontos onde apoia suas garras para nos aprisionar.
E, para continuar buscando, convidamos você a refletir conosco:
- Quais são os aspectos de minha vida, que escondo?
- Quais são os meus “lençóis finos”?
- Quais são as amarras que estão me prendendo?
Nosso próximo encontro será no dia 28 deste mês, às 17 horas, via plataforma Zoom. Quem ainda não se inscreveu e tem interesse em participar entre em contato conosco pelo e-mail [email protected], canal pelo qual enviaremos o formulário para inscrição e daremos as devidas orientações. Ressaltamos que não nos responsabilizamos pelas inscrições após o dia 25/11.
Texto produzido pela equipe de coordenação das Oficinas sobre “Hermenêuticas das Diversidades, Linguagens e Cuidados”