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CEBI MS – Uma janela de prosa : como apoiarmos a resistência das Nhandesy

Uma janela de prosa: como apoiarmos a resistência das Nhandesy em MS

 “Pelos caminhos da América”

“Uma janela de prosa”… Assim foi chamado o encontro entre representantes de várias organizações apoiadoras das lutas dos povos Guarani e Kaiowá, entre elas, CESE, COMIN, CIMI, DPU, UFGD, Casulo, e CEBI-MS. O objetivo: atualização sobre a situação das lutas por territórios e em especial sobre as violências sofridas pelas Nhandesy, as rezadeiras desses povos tradicionais.  O encontro foi virtual e  aconteceu no dia 08 de abril.

Sônia (CESE) fez a partilha da missão da CESE, o trabalho com seus parceiros, estratégias de ação e aprendizados ao longo deste percurso: “não estamos sozinhas”, como igrejas e organizações, no enfrentamento ao poder da morte. Enquanto Coordenadoria Ecumênica de Serviço, a CESE continua sendo sinal profético também para igrejas e comunidades locais, bem como realizando as ações de incidência para dar visibilidade internacional às nossas lutas na defesa de direitos.

Dentre as ações conjuntas, destacam-se as Missões Ecumênicas realizadas em 2015 e 2016 e a ajuda para as reconstruções das Casas de Reza tradicionais. Edmilson lembrou que as missões ajudaram até mesmo no fortalecimento da cultura entre a população indígena mais jovem.

Com nossos pés no presente, fizemos o exercício da escuta da conjuntura. Matias (CIMI) trouxe a história e as angústias de nhandecy: Dona Damiana, que deseja passar seus saberes para os filhos, mas precisa do tekohá, da Casa de Reza e da sua terra: “seus mortos estão do outro lado da rua e ela não consegue ir até lá”; Dona Adelaide, que reza escondida atrás das bananeiras, para não sofrer perseguição de evangélicos fundamentalistas. Guardiãs dos territórios, e das rezas, elas sonham em deixar as sementes para os mais jovens. Flávio (CIMI) insistiu que as entidades apoiadoras devem buscar formas de incentivar atividades que estimulem o diálogo e a horizontalidade entre os diversos grupos guarani e kaiowá.

Caroline Ayala (DPU) falou das dificuldades de acompanhar os casos de intolerância religiosa, inclusive porque, em algumas situações, não é fácil o trabalho conjunto com o Ministério Público Federal. Com a psicóloga Paula, recém demitida de seu trabalho junto às mulheres indígenas, choramos juntas e juntos ao ouvir sobre “mulheres com corpos machucados e sangrando”. Graciela Chamorro (Casulo) trouxe elementos da cultura kaiowá, que também exacerbam conflitos internos. A nós entidades apoiadoras, faz-se necessário o exercício da escuta, inclusive para entender porque o fundamentalismo religioso levado pelas igrejas pentecostais tem inserção tão fácil nas comunidades indígenas.

Os corpos das mulheres são os que mais sofrem! Além de ajudarmos na campanha pela vacina contra o COVID (como lembrou Cátia, da UFGD), o que mais podemos fazer? A nova janela de prosa, marcada para o dia 20 de abril, definirá ações a partir das sugestões apresentadas até lá. Pelo CEBI participaram da reunião Francisca, Esly, Edmilson e Amélia

 

texto elaborado pelo CEBI-MS (Amélia)

 

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