Amados e amadas em Cristo, o evangelho de domingo, Mt 25, 3-46, nos convida e refletir sobre nossas ações e atitudes para com o próximo. Mateus é o evangelista que nos apresenta Jesus como o Filho do Pai, reconhecido na tradição como Jesus, o Cristo. Somos chamadas a renovar nossa fé e missão e ter misericórdia e compaixão dos necessitados. Há uma profunda coerência nesta história que acolhe o rejeitado e “traz para casa a ovelha perdida” (ver Mateus 18:10 e 20:28). É uma continuação da reflexão de domingo passado, onde a Palavra falava dos talentos, que é sua Palavra, a fé, seus ensinamentos, que devemos multiplicar e não ficar omissos.
A leitura faz uma analogia comparando dois tipos de criação, muito presente na vida das comunidades daquela época, os bodes, desobedientes e impulsivos, e as ovelhas, com sua lã branca, que remete a pureza e obediência. O texto é considerado apocalíptico, Jesus afirma que no dia do juízo todas as pessoas, de todas as nações, tanto os justos como os ímpios, os bons e os maus, sem exceção, todos estarão diante do Pai. Sendo assim, todas as pessoas são comparadas a ovelhas e bodes. Mateus chama as pessoas cristãs para uma conscientização da missão, a consciência que o poder de Deus nos chama para a ação e responsabilidade.
O tempo que nos é dado na terra é um tempo durante o qual nós devemos responder ao chamado daqueles que são fracos e rejeitados. A expressão “os mais pequeninos dos irmãos” designa todas aquelas pessoas que estão em situação de vulnerabilidade. A mensagem do texto é o amor, Jesus nos convida a amar e cuidar do próximo, como se fosse o próprio Jesus, não existe meio-termo acerca da resposta humana à obra salvadora de Cristo. Só existem duas posições: aceitar ou rejeitar. A conclusão de Cristo a esta parábola para os dois grupos é que o veredicto para ambas as partes é final e irrevogável. Nossa decisão hoje determina nosso destino eterno. De que lado queremos ficar? À direita com as ovelhas ou à esquerda com os cabritos? Como está nossa atitude em relação às pessoas necessitadas? Estamos participando, multiplicando e saindo em missão, dentro do Projeto de Deus?
Maristela Bonim
Estudante de Teologia
Coordenadora do Cebi – Rondônia
Psicopedagoga e Neuropsicopedagoga