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Desafio diário: “Era uma pedra muito grande” – Mc 16,1-8

O sábado era observado de acordo com o costume judaico, não se podia cumprir atividades sociais, entre elas, comprar e visitar. Era preciso esperar este dia passar para que se pudesse seguir a vida cotidianamente em suas urgências.

Foi o que Maria Madalena, Maria Mãe de Tiago e Salomé cumpriram: esperaram, ansiosamente, este dia passar, para no dia seguinte poder comprar perfumes e enfim visitar o túmulo. E como devem ter sofrido com esta espera! Imaginem o rigor da lei, que se intensificaria na condição de serem mulheres, se elas resolvessem transgredir!

Lembramos o quanto as “Marias e as Salomés” no dia a dia esperam, sofridas e ansiosamente, se cumprirem todas as burocracias e impedimentos caírem, para que elas possam tomar posse dos direitos de cuidarem do corpo de seu filhos e filhas, netos e netas, seja qual for o vínculo, que são levados e levadas à morte por um sistema covarde, cruel e brutal.  Paralelo a essa situação estão também as mulheres que ainda sobrevivem no genocídio promovido atualmente pelo governo de Israel, esperando a possibilidade “do nascer do sol” para que possam cuidar dos corpos que ainda ainda estão ao relento…

Conduzidas pelo Amor, imbuídas de sentimentos de dor, perda e desesperança, chegam ao túmulo. O Amor que as levaram naquela manhã de Páscoa está presente em seus corações. Um Amor que aparentemente foi derrotado por um sistema opressor de morte.

É no nascer do sol, de manhã, que as mulheres se apressam. Para elas significa novas oportunidades e superação das amarras. Elas fazem isto em grupo, em conjunto… articuladas, mas tinham a preocupação com a pedra que fechava o túmulo, a qual, de acordo com a estrutura das sepulturas da época, era muito pesada e as impediria de entrar. Uma das “pedras” elas já haviam superado, que era a de suportar o rigor do sábado passar.

É revelada a novidade: A pedra foi removida. É sinal de que elas não estavam sozinhas em suas esperanças e caminhadas e que podiam avançar nos desafios que fossem apresentados. O túmulo vazio era sinal de que não era o fim. As forças opressoras foram vencidas!

”Não fiquem assustadas” (v.6), ou com outras palavras “não tenham medo”, é a afirmativa constante da Palavra de Deus, permeando a caminhada e anunciando naquele momento a ressurreição. A mensagem é de Vida. A “pedra do medo” foi removida e deve ser removida continuamente.

Jesus Ressuscitou!

É uma notícia poderosa! Jesus está seguindo de novo para a Galiléia, lugar de caminhada desde o começo, devolvendo a vida e a liberdade. E está indo à frente, e, ao mesmo tempo, junto daqueles e daquelas que querem continuar a segui-lO.  Essa mesma notícia, dada inicialmente às mulheres, primeiras testemunhas da ressurreição, deve ser transmitida por elas aos discípulos e a Pedro. Em uma sociedade que as marginalizava e impedia a participação, Jesus subverte esta estrutura e as acolhe incondicionalmente.

Sim, certamente elas, em grupo, com alegria, cuidadosamente disseram sobre o ocorrido. Elas não calaram de medo, embora o texto o diga. Elas foram, sabendo e transmitindo que a ressurreição não significa euforia nem memória saudosa, mas que o seguimento a Jesus não é fácil, porque é um projeto de luta contra a opressão e a injustiça.

E a nós cabe a tarefa de levar a boa nova para as comunidades e desconstruir, na medida do que podemos, as novas formas de domínio do grande capital, que substitui com muita propriedade o Império Romano.

Com o mesmo cuidado de Maria Madalena, Maria Mãe de Tiago e Salomé, somos convidadas a nos colocar a caminho para ajudar a remover “pedras muito grandes”, que exigem coragem todos os dias.

Colaboração: Grupo Extensivo do CEBI RJ

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