Notícias

Os sinais que acompanham a Boa Nova

Evangelho de Jesus Cristo
Na reflexão do evangelho desta semana, Carlos Mesters e  Mercedes Lopes apresentam os sinais da boa nova. O texto serve de subsídio para o próximo domingo, dia 13 de maio.

Boa leitura!

Jesus aparece aos onze discípulos e os repreende por não terem acreditado nas pessoas que o tinham visto ressuscitado. Novamente, Marcos se refere à resistência dos discípulos em crer no testemunho daqueles e daquelas que experimentaram a ressurreição de Jesus. Por que será? Provavelmente, para ensinar duas coisas. Primeiro, que a fé com Jesus passa pela fé nas pessoas que dão testemunho dele. Segundo, que ninguém deve desanimar, quando a descrença nasce no coração. Até os onze discípulos tiveram dúvidas!

Em seguida, Jesus lhes dá a missão de anunciar a Boa Nova a toda criatura. A exigência que ele coloca é esta: crer e ser batizado. Aos que tiverem a coragem de crer na Boa Nova e forem batizados, ele promete os seguintes sinais: expulsarão demônios, falarão línguas novas, pegarão em serpentes e não serão molestados pelo veneno, imporão as mãos aos doentes e eles ficarão curados. Isto acontece até hoje:

  • EXPULSAR OS DEMÔNIOS: é combater o poder do mal que estraga a vida. A vida de muita gente ficou melhor pelo fato de ter entrado na comunidade e de ter começado a viver a Boa Nova da presença de Deus em sua vida.
  • FALAR LÍNGUAS NOVAS: é começar a comunicar-se com os outros de maneira nova. Às vezes, encontramos uma pessoa que nunca vimos antes, mas parece que já nos conhecemos há muito tempo. É porque falamos a mesma língua, a língua do amor.
  • VENCER O VENENO: há muita coisa que envenena a convivência. Muita fofoca que estraga o relacionamento entre as pessoas. Quem vive a presença de Deus dá a volta por cima e consegue não ser molestado por este veneno terrível.
  • CURAR DOENTES: em todo canto onde aparece uma consciência mais clara e viva da presença de Deus aparece também um cuidado especial para com as pessoas excluídas e marginalizadas, sobretudo para com os doentes. Aquilo que mais favorece a cura é a pessoa sentir-se acolhida e amada.

Através da comunidade Jesus continua a sua missão (Marcos 16, 19-20)

O mesmo Jesus que viveu na Palestina e lá acolhia os pobres do seu tempo, revelando assim o amor do Pai, este mesmo Jesus continua vivo no meio de nós, nas nossas comunidades. E através de nós, ele continua a sua missão para revelar a Boa Nova do amor de Deus aos pobres. Até hoje, a ressurreição acontece. Ele nos leva a cantar: “Quem nos separará, quem vai nos separar do amor de Cristo, quem nos separará?”

Poder nenhum deste mundo é capaz de neutralizar a força que vem da fé na ressurreição (Rm 8,35-39). Uma comunidade que quiser ser testemunha da ressurreição deve ser sinal de vida, deve lutar contra as forças da morte, para que o mundo seja um lugar favorável à vida, deve crer no outro mundo possível. Sobretudo aqui na América Latina, onde a vida do povo corre perigo por causa do sistema de morte que nos foi imposto, as comunidades devem ser uma prova viva da esperança que vende o mundo, sem medo de ser feliz!

As surpresas de Deus

Estamos no fim da leitura do Evangelho de Marcos. Procuramos saber quem é Jesus. Marcos enumerou muitos nomes e títulos. Mas um nome ou título, por mais bonito ou importante que seja, nunca chega a revelar o mistério da pessoa, muito menos da pessoa de Jesus. Além disso, ao longo do Evangelho, alguns dos nomes dados a Jesus, inclusive os mais importantes e os mais tradicionais, foram questionados e colocados em dúvida pelo próprio Marcos. Assim, na medida em que avançávamos a leitura, fomos obrigados a rever nossas ideias e a nos perguntar, cada vez de novo: “Afinal, quem é Jesus para mim, para nós?”

Bem no início do evangelho, a primeira exigência era esta: “Esgotou-se o prazo. O Reino de Deus chegou! Mudem de vida! Tenham fé nesta Boa Notícia!” (Mc 1,15). Este pedido inicial de conversão e de fé indica a porta por onde temos acesso a Jesus e à Boa Nova de Deus que ele nos traz. Não há outro acesso. A fé exige crer em Jesus, na sua Palavra, aceitá-lo sem impor condições. Somos convidados a não nos fechar em nenhum nome ou título, doutrina ou costume, e a manter-nos sempre abertos para as surpresas de Deus, que pedem uma conversão constante.

Os nomes e os títulos, as doutrinas e os costumes, as devoções e as rezas são como o crachá que carregamos no peito para identificação. O crachá é importante, pois nos ajuda e nos orienta para encontrar a pessoa que procuramos. Mas quando a encontrar, você já não olha o crachá, mas sim o rosto! A pessoa que você procura, quando a encontrar, quase sempre será diferente da ideia que você fazia a respeito dela. O encontro sempre traz surpresas! Sobretudo o encontro com Deus em Jesus.

Ao longo do Evangelho de Marcos, as surpresas de Deus são muitas, e elas vêm de onde menos se espera:
  • de um pagão que reconheceu a presença de Deus no crucificado (Mc 15,39);
  • de uma pobre viúva que ofereceu do seu necessário para partilhar com os outros (Mc 12,43-44);
  • de um cego cujos gritos incomodaram e que nem sequer tinha a doutrina certa (Mc 10,46-52);
  • dos pequenos que viviam marginalizados, mas creram em Jesus (Mc 9,42);
  • dos grupos que usavam o nome de Jesus para combater o mal, mas não eram da “Igreja” (Mc 9,38-40);
  • de uma senhora anônima, cuja atividade escandalizava os discípulos (Mc 14,3-9);
  • de um pai de família que foi forçado a carregar a cruz atrás de Jesus e tornou-se discípulo modelo (Mc 15,21);
  • de José de Arimatéia, que arriscou tudo pedindo o corpo de Jesus para poder enterrá-lo (Mc 15,43);
  • das mulheres que, naquela época, não eram reconhecidas como testemunhas oficiais, mas que foram escolhidas por Jesus para serem testemunhas qualificadas da sua ressurreição (Mc 15,40.47; 16,6.9-10).

Resumindo

Os doze homens, especialmente chamados e eleitos por Jesus (Mc 3,13-19) e por ele enviados em missão (Mc 6,7-13), fracassaram. Mas no reverso do fracasso deles apareceu a força da fé de outros que não faziam parte do grupo dos doze eleitos. A comunidade, a Igreja, deve ter consciência bem clara de que ela não é proprietária de Jesus, nem tem o controle dos critérios da ação de Deus no meio de nós. Jesus não é nosso, mas nós, a comunidade, a Igreja, somos de Jesus, e Jesus é de Deus (1Cor 3,23).

Texto extraído do livro “Caminhando com Jesus: Círculos Bíblicos de Marcos”. Autores: Carlos Mesters e Mercedes Lopes. Uma publicação do CEBI.

situs judi bola AgenCuan merupakan slot luar negeri yang sudah memiliki beberapa member aktif yang selalu bermain slot online 24 jam, hanya daftar slot gacor bisa dapatkan semua jenis taruhan online uang asli. idn poker slot pro thailand

Seu carrinho está vazio.

×