O plano elaborado pelo Departamento de Defesa do país vai ser apresentado ainda nesta terça-feira e tem seu "apoio total", afirmou Obama, em pronunciamento na televisão.
Ele conclamou o Congresso a dar um “tratamento justo” à questão e disse que não quer passar o problema para a pessoa que vai sucedê-lo na Casa Branca.
Obama promete desde a sua primeira campanha presidencial fechar o centro penitenciário. Atualmente há 91 detentos no local.
"Quando algo não funciona como previsto, temos que mudar de rumo", afirmou o presidente, dizendo que é “largamente reconhecido” que Guantánamo precisa fechar.
Segundo ele, o Departamento de Defesa pode economizar US$ 80 milhões por ano com o fechamento do centro de detenção.
Obama afirmou que Guantánamo prejudica a imagem dos Estados Unidos e enfraquece sua segurança nacional. "Há muitos anos ficou claro que o centro de detenção da baía de Guantánamo não faz nossa segurança nacional avançar. Ele a enfraquece", disse. "Manter esse local aberto é contrário aos valores americanos e mancha a imagem americana no mundo."
Obama disse que os EUA já mantêm presos em seu território terroristas perigosos. “E administramos bem a situação”, afirmou. “Deixe-nos fazer o que é certo para a América. Deixe-nos ir adiante e fechar esse capítulo.”
Oposição
"Após sete anos, o presidente Obama ainda tem que convencer o povo americano que transferir os terroristas de Guantánamo para nossa pátria é inteligente e seguro", disse Ryan em comunicado.
O líder dos republicanos no Legislativo insistiu que Obama "não parece interessado em continuar fazendo esforços" para explicar aos americanos sua estratégia para o fechamento da prisão e considerou que sua proposta "não proporciona os detalhes críticos requeridos pela lei, incluindo o custo exato e a localização de um centro de detenção alternativo".
"O Congresso não deixa espaço para confusão. É contra a lei – e seguirá sendo contra a lei – transferir detidos terroristas para solo americano", insistiu Ryan.
Detalhes
O texto mencionaria ainda o plano do Pentágono de transferir 35 prisioneiros nos próximos meses e um total de 60 até o fim do ano.
Promessa de campanha
Os internos foram qualificados como "combatentes inimigos", e Washington negou a eles os direitos legais que concede às pessoas presas em seu território.
A população de Guantánamo diminuiu recentemente, e alguns presos que os Estados Unidos deixaram de considerar perigosos foram repatriados ou enviados a um país de acolhida, como os Emirados Árabes Unidos e Gana.