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Jesus na Cruz – João 18,1-19,42

Para Jesus, a cruz não é motivo de glorificação, é motivo de condenação. É a condenação daquele que ousou levantar a voz contra a exclusão social, a violência contra o pequeno, a opressão, a exploração e o fanatismo religioso do seu tempo. Jesus é levado a cruz por ter ido contra esse sistema político/religioso que criava leis e as vigiava para manter o controle opressor. O que levou Jesus a essa condenação na cruz foi sua coragem de proclamar com atitudes e palavras o Reino de Deus dentro do Reino Judaico-Romano. Quem ousaria tal coisa? De onde veio tanto ardor?

Da aldeia de Nazaré vem Jesus passando por vales e montes, desertos e periferias, vilas e lagos … com sua voz firme falando de paz, acolhendo, incluindo, ouvindo, alimentando famintos e famintas; esses gestos ofenderam aqueles e aquelas que dominavam. Aqueles e aquelas que, em nome da lei, flagelavam a dignidade humana. O Reino anunciado por Jesus ofendia e assustava as autoridades: um reino de paz em oposição ao reino de guerra, um reino de amor em oposição ao reino de ódio, o Reino de Deus em oposição ao Reino de César.

Jesus entra em Jerusalém às vésperas da Páscoa. Ele sabe que é chegada a hora. Como humano sofre no horto, pois conhece a conjuntura que o condenará. Diante da angústia de ser incompreendido por aqueles e aquelas que o querem deter, Jesus mantém a serenidade e a fidelidade ao seu propósito. Quando perguntado onde está o Jesus, Ele responde “Sou Eu”, lembrando o Deus do êxodo “Eu sou Aquele que sou”. Jesus é Aquele que se manteve fiel ao projeto a Ele confiado. Levado ao tribunal, condenado, caminha pelas ruas tendo sobre as costas o fardo pesado da cruz que é símbolo da prepotência, da arrogância e da truculência do poder opressor. A cruz é símbolo da condenação romana, mas a glória desta condenação vem do poder local. Não esqueça que Anás, Caifás, o Sinédrio, … todos representam o poder emanado da lei, da religião, feito poder local.

No alto do Gólgota, o Nazareno é colocado na cruz, exposto como troféu da imbecilidade humana, como forma de intimidação contra quem ouse pensar contra as ideologias perversas de seus governantes. É a vitória daqueles e daquelas que em nome da Lei dilaceram a vida, que em nome da fé tornam-se fanáticos inescrupulosos.

A cruz não suprimiu o ideal do Reino plantado pelo Nazareno, ela fortaleceu este sonho de vitória da vida sobre a morte, no ideal da ressurreição. Não haverá vitória sem luta, ressurreição sem a insurreição.

Prof.Júlio Leão de Araújo
Membro das Cebs e integrante do CEBI PI

 

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