Notícias

Aprender a perder [José Antonio Pagola]

https://www.facebook.com/cebiecumenico/

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,21-27, que corresponde ao 22° Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico.
O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto

O ditado está registrado em todos os evangelhos e se repete até seis vezes: “Se alguém quer salvar a sua vida, a perderá, mas quem a perde a encontrará por mim”. Jesus não está falando de uma temática religiosa. Ele está propondo aos seus discípulos qual é o verdadeiro valor da vida.

O ditado está expresso de forma paradoxal e provocativa. Há duas formas muito diferentes de orientar a vida: uma conduz para a salvação, a outra para a perdição. Jesus convida todos a seguir o caminho que parece mais duro e menos atrativo, pois conduz o ser humano à salvação definitiva.

O primeiro caminho consiste em se aferrar à vida vivendo exclusivamente para si mesmo: fazer do próprio “eu” a razão última e o objetivo supremo da existência. Este modo de viver, buscando sempre a própria ganância e vantagem, conduz o ser humano à perdição.

O segundo caminho consiste em saber perder, vivendo como Jesus, abertos ao objetivo final do projeto humanizador do Pai: saber renunciar à própria segurança ou ganância, buscando não somente o próprio bem, mas também o dos outros. Este modo generoso de viver conduz o ser humano à sua salvação.

Jesus está falando desde sua fé num Deus Salvador, mas suas palavras são uma forte advertência para todos: Que futuro espera uma Humanidade dividida e fragmentada, onde os poderes econômicos buscam seu próprio benefício; os países, seu próprio bem-estar; os indivíduos, seu próprio interesse?

A lógica que dirige nestes momentos o caminho do mundo é irracional. Os povos e os indivíduos estão caindo progressivamente na escravidão de “ter sempre mais”. Tudo é pouco para dar-se por satisfeito. Para viver bem, é necessário sempre mais produtividade, mais consumo, mais bem-estar material, mais poder sobre os outros.

 

Procura-se insaciavelmente o bem-estar, mas será que não há uma progressiva desumanização? Quer-se “progredir” cada vez mais, mas qual é o progresso que leva a abandonar milhões de seres humanos na miséria, na fome e na desnutrição? Por quantos anos será possível desfrutar desse bem-estar, fechando as fronteiras aos famintos?

Se os países privilegiados só procuram “salvar” seu nível de bem-estar, se não se quer perder o potencial econômico, jamais se darão passos em direção a uma solidariedade a nível mundial. Mas não nos enganemos. O mundo será cada vez mais inseguro e mais inabitável para todos e também para nós. Para salvar a vida humana no mundo, é preciso aprender a perder.

Fonte: Publicado pelo Instituto Humanitas, 01/09/2017.

situs judi bola AgenCuan merupakan slot luar negeri yang sudah memiliki beberapa member aktif yang selalu bermain slot online 24 jam, hanya daftar slot gacor bisa dapatkan semua jenis taruhan online uang asli. idn poker slot pro thailand

Seu carrinho está vazio.

mersin eskort
×