Poesia da Libertação

Marias, amor e revolução.

Lá vem María! Maria de muitas dores, de luta, de resistência! Lá vem Maria descendo a ladeira, mulher negra, linda e periférica, que sai de casa às 4 da madrugada para pegar o busão, pega dois, três, tem que chagar cedo no trabalho.
Maria não somente de dores, mas de alegrias e conquistas. Mulher que enfrenta preconceito, machismo, contudo não se dobra ao sistema patriarcal, por isso, se ajunta a outras Marias em um levante de amor, resistência e esperança na luta utópica por um mundo melhor e fraterno.
Lá vem Maria segurando no braço do menino Jesus. É Domingo, dia de folga. Juntos, caminham pelos becos e ruas da favela, logo, Jesus se ajunta com seus amigos e amigas para brincar. Maria fica atenta ao movimento. Polícia truculenta que não gosta de negros, bala de fuzil que tem alvo certo, os negros e negras pobres da periferia.
Maria é vitoriosa, mulher de sonhos, que luta para que eles se concretizem. Não é uma sonhadora romântica, mas de pé no chão. Maria não tem medo, é da comissão de frente, acredita em utopias, tem idéias revolucionárias. Maria é gente da gente, que ama a vida, é da luta, é da solidariedade.
Que Deus levante muitas Marias, na luta por um amor revolucionário e libertador.
Marcos Aurélio dos Santos

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