CRÔNICAS POÉTICAS DE KIEV (I) OU AS MÃES UCRANIANAS
Marcio L’o (CEBI Bahia )
“… a todos os que têm responsabilidades políticas para que façam um sério exame de consciência diante de Deus, que é um Deus de paz, e não de guerra… sejamos irmãos, e não inimigos”. (Papa Francisco).
Madrugada me acordou perturbada
e me falou de um pronunciamento presidente e de estrondos em Kiev
Por isso, naquele momento que é agora
penso nas mães:
– Que sentem as mães ucranianas?
Sangrentas e assombradas mães ucranianas…
(O coração putiniano, a mente bideniana
não podem sentir, não sente…)
Fico aqui conversando com Madrugada de quinta:
– Que sentem as mães ucranianas?
O abraço desesperado, os filhos apreensivos, as sirenes bélicas
Afinal, Donetsk e Lugansk, meninos separatistas
deixaram a porta aberta
e o ursorrusso entrou
– É tão longe essa guerra! As bombas ursas não podem nos morder!
disse o cara do bar
Mas veja bem que
toda guerra nos deixa mais mortos
a guerra declarada de lá
as guerras escondidas de cá
E o meu coração mora no coração de uma mãe ucraniana
Insisto nesse momento:
– Mães ucranianas, que sentem seus corações
Foto: “Mulher ferida no ataque aéreo russo a edifício de apartamentos em Chuhuiv, Kharkiv Oblast” (Photo by Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images).