A vida sem pressas
Silêncio tocando o rosto
Areia roçando os pés…
Gosto do silêncio
E da vida sem pressas
Sem correrias
Dia findando
Mistérios emergindo…
Saudades vão surgindo
Enquanto agradeço
Esta vida pulsando
E gritando…
E gemendo dentro de mim
E fora de meus espaços.
Gosto deste silêncio que faz calar
Deste silêncio que me está a inquietar.
A vida sem pressas
Sem horários
Paulatinamente silenciosa…
Paulatinamente misteriosa.
A vida dos contos
À beira do fogão a lenha
A vida do fogo consumindo
Enquanto histórias vão surgindo…
Gosto desta vida sem pressas
E sinto saudades dela
De nós correndo
De nossa vó se fazendo cobra-cega…
Saudade de Folia de Reis
Batata cozida frita feita por nossa tia.
Saudades da vida sem pressas
Biscoito de polvilho assando
Doce de leite tomando consistência…
Saudades, Ah! Saudades….
Desta vida sem pressas
Daqueles dias e das conversas.
Fernanda Priscila Alves da Silva