Nesta entrevista, adentramos as reflexões do tempo do Advento, guiadas pela proposta do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), que sugere que, a cada domingo, uma mulher compartilhe suas reflexões sobre uma passagem específica do lecionário comum. Essa escolha intencional destaca a conexão do Advento com o simbolismo da gestação, tornando esse período não apenas uma espera, mas um tempo de cuidado e renovação.
A conversa envolve Fátima Monteiro, uma das coordenadoras da Capela do Divino Pai Eterno, na Paróquia de Santa Luzia, em Olinda e Recife. Seu relato sobre as Escrituras, especialmente inspirado pelo Evangelho de Marcos, capítulo 13, versículos 24-37, não apenas interpreta as palavras, mas revela o calor humano, o cuidado prático e a devoção presentes em sua comunidade. Ao mergulhar na experiência de Fátima, convidamos você a explorar as emoções e as práticas vivas que emanam desta entrevista, proporcionando uma visão única sobre a vivência do Advento.
Dona Fátima destaca a relevância desse período especial em que a comunidade se prepara para a chegada de Jesus, celebrando a encarnação e a manifestação de Deus na fragilidade humana. O texto bíblico aborda temas escatológicos, falando sobre a esperança de um tempo novo, mas também contextualiza as dificuldades presentes na terra, como guerras, fome e morte.
A líder religiosa destaca a dualidade do texto, que aponta para um futuro glorioso com a volta de Jesus, mas também ilumina o presente, enfatizando a importância de vigilância diária. Ela ressalta a necessidade de cada pessoa desempenhar suas tarefas cotidianas com dedicação, pois ninguém sabe quando o Senhor retornará.
No contexto da comunidade do Divino Pai Eterno, dona Fátima compartilha como uma das coordenadoras, como ela e as outras mulheres da desempenham um papel vital na condução da comunidade. Elas não apenas realizam ações práticas, como a distribuição de cestas básicas, mas também se preocupam em acolher as pessoas, oferecendo abraços e buscando entender suas necessidades. O “vigiai” para elas se traduz em um cuidado atento, refletindo a presença de Jesus no cotidiano da comunidade. O Jesus, que não sabemos quando virá, pode ser sim uma pessoa vulnerável, que chega a nossa comunidade.
Essa abordagem prática e compassiva destaca a importância de viver a mensagem de Deus no dia a dia, superando as dificuldades e inspirando outros a fazerem o mesmo. Dona Fátima exemplifica como a fé não é apenas uma crença abstrata, mas uma força transformadora que se manifesta nas ações concretas e no cuidado mútuo dentro da comunidade.