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Eleições Argentinas, por Fernando Altemeyer Júnior

Reflexões de Fernando Altemeyer Júnior sobre as eleições na Argentina, ocorridas no último domingo, dia 19 de novembro.


Quando a opressão, a miséria e a fome são enormes, paradoxalmente ocorre de o escravizado votar no feitor de escravos! Quer as cebolas do Egito em lugar da autonomia. Quer discurso demagógico, pois cansou da mentira populista. A juventude argentina, sem memória e muito manipulada pelas redes de tiktok e um discurso nazista e grotesco de uma marionete do CAPITAL, acaba de votar no exterminador de seu próprio futuro.

Não foi um voto, mas parece ter sido gesto suicida de quem pensa que está sendo rebelde. Serão tempos de muita dor e sofrimento. Será preciso muita solidariedade e compaixão dos povos do planeta. Os pobres serão massacrados. Cinema, artes e pensamento crítico serão os primeiros a sofrer. Em seguida as universidades. Enfim, e sempre, as mulheres e os pobres. A elite e os bancos optaram pela eugenia pura e simples tal qual o nazismo e o stalinismo do seculo XX: hora de matar multidões de empobrecidos para manter a riqueza dos poucos (Argentina líquida!).

Esse será o novo rosto do CAPETALISMO argentino, com roupagem falaciosa e personagem circense no poder, a repetir os atuais quatro farsantes mundiais do apocalipse: Trump, Bolsonaro, Erdogan e Orban. Até quando teremos tal política comprada e vendida como mercadoria e fetiche? Por que a juventude escolheu o fascismo? Que houve com a memória histórica e a luta aguerrida de um povo que veio da migração, lutou contra ditadores e construiu tanta cultura e arte por décadas? A ditadura terá exterminado os sonhos? A fome foi um ninho de maldades e distopias? Haverá vida no final do fascismo delirante dos próximos 4 anos? Como devem agir os vizinhos e quem ama o povo argentino? Muitas perguntas e quase nenhuma resposta. Será preciso estudar mais. Entender mais. Acreditar mais.


O poder da estupidez, ou a fábula do escorpião e do sapo ou a tragédia anunciada. ATENÇÃO: o relato é apenas uma fábula. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Reza a lenda que um escorpião Nephropidae Mileithropoda, pede a um jovem sapo-de-chifre-argentino, conhecido como Ceratophrys Ornata, que o leve através de um rio. O sapo tem medo de ser picado durante a viagem, mas o escorpião argumenta que se picar o sapo, o sapo iria afundar e o escorpião iria se afogar. O sapo concorda e começa a carregar o escorpião, mas, no meio do caminho, o escorpião acaba por ferroar o sapo, condenando ambos à morte. Quando perguntado pelo sapo por que havia lhe picado, o escorpião responde que essa é a sua natureza e que nada poderia ser feito para mudar o destino.

Moral primeira da estória metafórica: Tudo pode ficar ainda pior se você acreditar em fascistas venenosos. Moral segunda: Quem escolhe o lado do feitor de escravos, sofrerá chibatadas e morte!


Autor: Fernando Altemeyer Júnior

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