Uma vez — comentou o Pe. Miguel D’Escoto – um Comandante da
Revolução me vinha anunciando que queria falar comigo sobre uma coisa que o preocupava. Um dia em que estávamos juntos, começa a conversa dizendo-me: Deus é amor. Disse-me assim, exatamente com estas palavras. Não era uma pergunta mas uma afirmação: Deus é amor. Depois, me disse: Deus é infinitamente poderoso. Outra afirmação. E aqui vinha o seu problema: Sendo Deus amor, compaixão, misericórdia e sendo todo-poderoso, por que existe o mal no mundo? Por que existem pecadores e gente que faz mal ao outro? Por que nos é permitido fazer isto e pessoas inocentes sofrem as consequências desta maldade?
Este mesmo tema é o centro do livro de Jó, um dos mais complexos do Antigo Testamento. Este artigo trata da discussão básica sobre esse livro, em forma de uma entrevista imaginária com o Autor do mesmo, um anônimo que viveu cerca de 500 anos antes de Jesus. Esta forma não é muito usada, mas facilita um primeiro contato com os problemas e as interrogações sobre esta discutida obra teológica.
Autoria: Napoleón Alvarado