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Uma Parábola para os nossos dias (Lucas 15,1-32) [Pe. José Antonio Pagola]

Em nenhuma outra parábola quis Jesus fazer-nos penetrar tão profundamente no mistério de Deus e no mistério da condição humana. Nenhuma outra é tão atual para nós como esta do «Pai bom».

O filho mais novo diz ao seu pai: «dá-me a parte que me toca da herança». Ao reclamar, está a pedir de alguma forma a morte do seu pai. Quer ser livre, romper obrigações. Não será feliz até que o seu pai desapareça. O pai acede ao seu desejo sem dizer palavra: o filho tem de eleger livremente o seu caminho.

Não é esta a situação atual? Muitos querem hoje ver-se livres de Deus ser felizes sem a presença de um Pai eterno no seu horizonte. Deus há-de desaparecer da sociedade e das consciências. E, o mesmo que na parábola, o Pai guarda silêncio. Deus não condiciona ninguém.

O filho parte para «um país longínquo». Necessita viver noutro país, longe do seu pai e da sua família. O pai vê-o partir, mas não o abandona; o seu coração de pai acompanha-o; em cada manhã o estará esperando. A sociedade moderna afasta-se mais e mais de Deus, da Sua autoridade, da sua memória… Não estará Deus acompanhando-nos enquanto o vamos perdendo de vista?

Prontamente se instala o filho numa «vida desordenada». O termo original não sugere apenas uma desordem moral mas também uma existência insana, demente, caótica. Ao fim de pouco tempo, a sua aventura começa a converter-se em drama. Vem uma «fome terrível» e só consegue sobreviver tratando de porcos como escravo de um desconhecido. As suas palavras revelam a sua tragédia: «Eu aqui morro de fome».

O vazio interior e a fome de amor podem ser os primeiros sinais do nosso afastamento de Deus. Não é fácil o caminho da liberdade. Que nos falta? O que nos poderia encher o nosso coração? Temos quase tudo, por que sentimos tanta fome?

O jovem «entrou dentro de si mesmo» e, afundado no seu próprio vazio, recordou o rosto do seu pai associado à abundância de pão: em casa do meu pai «têm pão» e aqui «eu morro de fome». No seu interior desperta-se o desejo de uma liberdade nova junto do seu pai. Reconhece o seu erro e toma uma decisão: «Ponho-me a caminho e voltarei ao meu pai».

Iremos pôr-nos a caminho em direção a Deus nosso Pai? Muitos o fariam se conhecessem esse Deus que, segundo a parábola de Jesus, «sai a correr ao encontro do seu filho, atira-se ao seu pescoço e beija-o efusivamente». Esses abraços e beijos falam do seu amor, melhor que todos os livros de teologia. Junto a Ele poderíamos encontrar uma liberdade mais digna e ditosa.

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