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ONG de direitos humanos alerta: 29 crianças e adolescentes são mortos no Brasil por dia

ONG de direitos humanos alerta: 29 crianças e adolescentes são mortos no Brasil por dia
A organização de direitos humanos Rio de Paz se manifestou publicamente com uma nota de repúdio sobre um dado alarmante: cerca de 29 crianças e adolescentes são mortos no Brasil por dia. Por hora, morre mais de uma criança ou adolescente, somando mais de 10.500 mortes por ano.

Veja a nota na íntegra.

Nós, da ONG Rio de Paz/SP, queremos expressar a nossa indignação a respeito de uma hedionda realidade, que aparentemente não tem chocado a população nem as autoridades como deveria.

No último dia 30/06, uma reportagem da Folha de São Paulo trouxe um dado alarmante: 29 crianças e adolescentes são mortos no Brasil DIARIAMENTE. Por hora, morre mais de uma criança ou adolescente; mais de 10.500 mortes por ano, sendo que as maiores vítimas dessa matança são jovens e crianças pobres, das comunidades e favelas.

Esses dados deixam claro que já existe uma “pena de morte”, em forma de execução das novas gerações. Não podemos nos calar ante esse apartheid social, cujas “grades” impedem que eles integrem nossa sociedade enquanto novos cidadãos em nosso Estado de Direito. Que cuidado com o próprio futuro tem um país que permite o assassinato de mais de 10.500 crianças e adolescentes por ano? Como esse país cuida de suas próximas gerações?

O Brasil mata o seu futuro diretamente, permitindo o quadro de violência desmedida que vivemos, com crianças expostas à criminalidade e letalidade policial.

O Brasil mata o seu futuro indiretamente, sem promover educação de qualidade, e sem garantir melhores condições de vida às famílias, quando sonega, por exemplo, o direito ao saneamento básico ou a saúde.

Segundo a Fundação Getulio Vargas, a diferença de aproveitamento escolar entre crianças que têm e não têm acesso ao saneamento básico pode chegar a 18% (dados de uma pesquisa de 2009). É triste que nossas crianças e adolescentes estejam crescendo sem esse aprendizado, e, antes de alcançarem a idade adulta, já estão sendo retiradas do mundo, num verdadeiro “campo de extermínio do nosso futuro”.

Com tristeza escrevemos essas palavras, repudiando essa realidade, mas ao mesmo tempo pedindo às autoridades públicas que deixem de dar às costas à sociedade de quem se lembram apenas nos anos eleitorais. O que vai acabar com a matança de nossas crianças e jovens não é a repressão policial desmedida, que os enxerga como inimigos. O que vai acabar com esse quadro horrendo é o investimento massivo em educação de qualidade e políticas preventivas, de cuidado com a infância.

Políticas públicas que enxerguem essa criança antes que ela cometa um delito, antes que ela perca sua infância nas mãos dos aliciadores, antes de ela integrar os centros de atendimento sócio educativos, um belo eufemismo para Reformatórios. As verdadeiras ações sócio educativas devem ser feitas preventivamente, fortalecendo a comunidade escolar, provendo ambientes seguros e saudáveis para essas crianças e jovens, e suas respectivas famílias. Subscrevemo-nos com a ousadia de ter esperança em um futuro.

E que o Brasil deixe de matar o seu futuro, o nosso futuro.

#BrasilMataSeuFuturo

*Coordenadora e Conselho da ONG Rio de Paz em São Paulo: Fernanda Vallim Martos, Claudio Nishikawara, Flávio Macedo Pinheiro, Sérgio Melo

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