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Mt 16,13-19: Festa de São Pedro e São Paulo [Pe. Tomaz Hughes]

Mt 16
Para este domingo (29/06), publicamos duas meditações. Uma para as igrejas protestantes e evangélicas que mantêm o Lecionário Comum (Mt 10.40-42) e outra para a tradição católico-romana (que opta pelo texto de Mt 16,13-19, porque a festa de São Pedro e São Paulo).
 
Mt 16,13-19
 
Hoje a Igreja celebra a festa dos dois grandes apóstolos, Pedro e Paulo. Como evangelho do dia, escolheu-se a história do caminho de Cesareia de Felipe. O relato mais antigo está em Marcos, Cap. 8, 27-38, que se tornou o pivô de todo o Evangelho. A estrutura de Mateus é diferente; mas, o relato tem a mesma finalidade, ou seja, clarificar quem é Jesus e o que significa ser discípulo d’Ele.
A pedagogia do relato é interessante. Primeiro Jesus faz uma pergunta aparentemente inócua: “Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?” Assim recebe diversas respostas, pois esta pergunta não compromete, é o “diz que”. Mas a segunda pergunta traz a facada: “E vocês, quem dizem que eu sou?” Agora não vêm muitas respostas, pois quem responde em nome pessoal, e não dos outros, se compromete com as consequências! Somente Pedro se arrisca e proclama a verdade sobre Jesus: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Aparentemente, Pedro acertou e realmente, em Mateus, Jesus confirma a verdade do que proclamou! Afirmou que foi através de uma revelação do Pai que Pedro fez a sua profissão de fé. Mas, para que entendamos bem o trecho, é necessário que continuemos a leitura pelo menos até v. 25. Pois, o assunto é mais complicado do que possa parecer.
Após afirmar que Pedro tinha falado a verdade, Jesus logo explica o que significa ser o Messias. Não era ser glorioso, triunfante e poderoso, conforme os critérios deste mundo. Muito pelo contrário, era ser fiel à sua vocação como Servo de Javé, era ser preso, torturado e assassinado, era dar a vida em favor de muitos. Jesus confirmou que, de fato era o Messias, mas não do jeito que Pedro quis. Este, conforme as expectativas do povo do seu tempo, quis um Messias forte e dominador, não um que pudesse ir, e levar os seus seguidores com Ele, até a Cruz! Por isso, Pedro remonstra com Jesus, pedindo que nada disso acontecesse, e como recompensa ganha uma das frases mais duras da Bíblia: “Fique atrás de mim, satanás, você é uma pedra de tropeço para mim, pois não pensa as coisas de Deus, mas dos homens!” (v. 23). Pedro, cuja proclamação de fé mereceu ser chamada a pedra fundamental da Igreja (v. 18), é agora chamado de Satanás – o Tentador por excelência – e “pedra de tropeço” para Jesus! Pedro tinha os títulos certos para Jesus; mas, a prática errada!
Assim, Jesus usa o equívoco de Pedro para explicar o que significa ser seguidor d’Ele: “Se alguém quer me seguir, renuncie a se mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (v. 24). Ter fé em Jesus não é, em primeiro lugar, um exercício intelectual ou teológico, mas uma prática; o seguimento d’Ele na construção do seu projeto, até as últimas consequências.
Hoje, enquanto celebramos os nossos dois grandes missionários, a segunda pergunta de Jesus ressoa forte: para nós, quem é Jesus? Não para o catecismo, não para o Papa ou o Bispo ou Pastor, mas para cada de nós pessoalmente? No fundo a resposta se dá, não com palavras, mas pela maneira em que vivemos e nos comprometemos com o projeto de Jesus – Ele que veio para que todos “tivessem a vida e a vida plenamente!” (Jo 10, 10). Cuidemos para que não caiamos na tentação do equívoco de Pedro, a de termos a doutrina certa, mas a prática errada, de cairmos na tentação de substituir o caminho humilde e serviçal da cruz pela pompa e ritual, de esquecermos os valores do Reino de Deus para substituí-los com os valores da sociedade vigente. Pedro aprendeu ao longo da vida o que é ser discípulo, pois terminou crucificado também, mas não foi fácil a mudança de mentalidade. Paulo também teve que despojar-se da toda a sua formação farisaica, quando descobriu que a Lei não salva ninguém, mas somente a graça de Jesus.
 
Hoje, quando depois de muitos anos de ter desaparecido dos documentos da Igreja, o Espírito tem inspirado os participantes da V Assembleia de CELAM em Aparecida a voltar a esta opção “com renovado vigor,”  o Papa Bento XVI insiste nessa opção em Verbum Domini e o Papa Francisco não deixa esquecer que ela opção é pedra de toque para a nossa fidelidade como cristãos, torna-se mais importante do que nunca lembrar o ensinamento de Jesus sobre o discipulado: Ele “não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20, 28).
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