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Lula, o grande líder

via Carta Capital*

O petista continua a ser considerado o melhor presidente da história do Brasil

A mais recente pesquisa CUT/Vox, realizada no início de abril, fez algumas perguntas a respeito de Lula. Nesta semana, em que o Poder Judiciário desperdiçou mais uma oportunidade de fazer justiça e cometeu outra violência contra ele, é bom lembrar o que o povo pensa do ex-presidente.

Os adversários políticos apostavam que a prisão representaria um golpe definitivo em seu prestígio entre a maioria da população. Foi preso para deixar de ser Lula, em um processo inteiramente questionável, conduzido por um juiz com intenções políticas evidentes, cujas decisões partidárias acabam referendadas por outros que não ousam ou não querem enfrentá-lo.

A fim de garantir que o encarceramento fosse fatal, decretaram também seu amordaçamento, algo que apenas as ditaduras impõem a condenados com trajetória semelhante. A proibição de visitações mais amplas e de conceder entrevistas, longe de ser a comprovação da isonomia do sistema penal e da atuação do Judiciário no Brasil, é símbolo de seus vieses.

A máxima de que todos são iguais perante a lei, uma piada em um país no qual os magistrados e procuradores empilham vantagens monetárias e funcionais a que apenas eles têm “direito”, nunca valeu para Lula.

Depois de um ano preso nessas condições, a pesquisa mostrou que o carinho e a estima da grande maioria da sociedade por Lula permanecem intocados. Perderam aqueles que o queriam morto politicamente. Não deu certo o plano de acabar com sua imagem.

Isso pode ser visto nas respostas a perguntas que dizem respeito a aspectos pessoais e políticos. Em ambos, Lula continua a ter avaliações predominantemente favoráveis, acima daquelas que recebe qualquer outro político brasileiro.

Em respostas espontâneas, ele era considerado “o melhor presidente que o Brasil já teve” por 48% dos entrevistados, índice extraordinário nos dias atuais, em que predominam a desconfiança e a desaprovação de lideranças. O segundo colocado era Fernando Henrique Cardoso e obtinha 10% das respostas, cinco vezes menos (o que talvez explique a inextinguível mágoa do tucano). Para comparar, o capitão Jair Bolsonaro, fresco de sua recente vitória, era assim considerado por 5% dos entrevistados, metade das citações a FHC e quase dez vezes menos do que aquelas a Lula.

No início de 2013, antes das manifestações daquele ano, 58% respondiam “Lula” à pergunta. Tudo o que aconteceu de lá para cá, incluídas as próprias manifestações, a crise do segundo governo Dilma, seu impeachment, a histeria antipetista da mídia, as condenações e a prisão, a vitória de Bolsonaro, somadas, fizeram mover as avaliações em sentido ligeiramente negativo, levando em conta as margens de erro. Mas nada que retire de Lula o posto de melhor presidente que o Brasil já teve, com folgada vantagem.

Algo parecido ocorre quando se pergunta a respeito dos sentimentos em relação ao ex-presidente: 48% respondem que “gostam” de Lula, de novo um número acima das expectativas, tudo considerado, e apenas 23% dizem que “não gostam”. Os restantes afirmam que “não gostam, nem desgostam de Lula”, o que já se poderia considerar uma derrota daqueles que querem apresentá-lo como culpado por todas as mazelas do Brasil.

Ao solicitar dos entrevistados que façam um balanço da atuação de Lula na política nacional, o que se vê é uma dilatada maioria que considera o saldo positivo. Entre os entrevistados, 65% entendiam que Lula pode “ter cometido erros, mas fez muito mais coisas certas pelo povo brasileiro e pelo Brasil”. Apenas para 30%, menos da metade do índice citado, Lula “errou muito mais do que acertou”.

Se não sofresse uma sucessão de golpes, Lula teria vencido a eleição de 2018, como venceria outra vez, caso houvesse uma agora. Para impedir que a maioria da população o escolhesse, a elite brasileira abraçou a patética figura do capitão Bolsonaro e o carregou nas costas, fazendo vista grossa a seus despropósitos antigos e às trapaças de que precisou lançar mão para vencer. Agora, tem de aturar seu despreparo e desequilíbrio.

Mas não tiraram o lugar de Lula na consciência e no coração da maioria do povo. Só os tolos (e os oportunistas) acham que seu partido e companheiros deveriam esquecer-se dele e de quanto sua liderança continua a significar na política nacional.

Texto de Marcos Coimbra, publicado originalmente por Carta Capital.

Foto de capa: Ricardo Stuckert

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