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Grito contra o desmonte da nação ecoa pelo país

por Karla Maria via Rede Jubileu Sul*

Mais de 200 atos do Grito dos Excluídos acontecem pelo país neste 7 de Setembro, denunciam cortes na Educação e nos direitos dos trabalhadores/as

O 7 de Setembro em Cariacica, cidade localizada na região metropolitana da Grande Vitória (ES), começou cedo neste sábado. Manifestantes segurando bandeiras e cartazes contra a tortura e o corte nos investimentos em educação, percorreram as ruas da periferia para denunciar o desmonte de direitos no país. “Estamos nas ruas para denunciar o desmonte dos direitos, a violência, as intolerâncias”, disse Fátima Castelan, membro do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI). Durante o ato, foram distribuídas cartilhas sobre o abuso de policiais em Cariacica. O objetivo é conscientizar os cidadãos sobre seus direitos, informando o que a polícia pode e o que não pode fazer. A cidade conta com a presença de 100 integrantes da Força Nacional, é um projeto piloto do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Projeto que foi denunciado nesta caminhada.

No Santuário de Aparecida (SP), o já tradicional ato, começou às margens do rio onde a imagem da padroeira do Brasil foi encontrada em 1717, no Porto de Itaguaçu. Ali, como há 25 anos, iniciava o Grito dos/as Excluídas/os, sempre ao lado da Romaria dos Trabalhadores/as, que este ano está em sua 32ª edição.

O Grito dos Excluídos/as no Santuário denunciou o rompimento da barragem em Brumadinho (MG) e a situação dos atingidos/as pelo crime ambiental da Vale, culminando com uma grande ciranda. Às 10h30, foi realizada uma celebração na Basílica. Às 6h já ocorreu a romaria do Grito de Nova Iguaçu/RJ, em frente ao Santuário de Aparecida.

Sebastião Aranha, militante do Movimento dos Sem Terra (MST) participou do ato em Aparecida. “Estar em Aparecida tem uma simbologia muito grande. Tudo começou aqui há 25 anos”. Para ele, este 7 de Setembro, é um momento de lutar pela garantia das liberdades e dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, além de defender o direitos da famílias agriculturas de plantarem e viverem do campo.

“Nos últimos oito meses, nós não tivemos nenhum avanço para a agricultura familiar, não temos crédito, nada, ao contrário. Com a liberação, pelo Ministério da Agricultura, do o uso de mais de 250 agrotóxicos – proibidos nos Estados Unidos e Europa – estão atacando a nossa saúde, a nossa vida, quando sobrevoam as áreas rurais e urbanas vão espalhando veneno”, lembra Aranha.

À beira da lama

Em Congonhas (MG), cidade cercada por 24 barragens, das quais 54% delas têm alto potencial de rompimento, o grito foi de denúncia contra os crimes da Vale e de alerta à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que tem o maior número de estruturas (13). O ato começou no Residencial Gualter Monteiro, uma comunidade que vive ao pé da barragem da CSN e que em casos de rompimento da barragem seria atingida em 40 segundos.

“A comunidade fica na zona de salvamento. Há muita angustia. Precisamos entender que a conjuntura exige uma unificação das lutas. Neste Grito, optamos por trazer a realidade da comunidade que já é impactada pela mineração”, disse Ivan Trajano que é operador de produção de uma mineradora.

A caminhada percorreu os morros da comunidade até o Santuário do Bom Jesus, onde aconteceu uma mística de encerramento com a participação de manifestantes de Mariana e Ouro Preto, de diversas organizações, pastorais, movimentos sociais.

Em São Paulo, foram vários os atos. No centro, uma missa foi presidida na Catedral da Sé, e de lá uma passeata com pessoas em situação de rua com padre Julio Lancellotti e agentes das pastorais sociais e entidades religiosas, manifestam-se pelas ruas e no denunciaram a truculência com que o metrô de SP tem usado para impedir que estas pessoas, já em situação de vulnerabilidade social, abriguem-se do frio e da chuva.

Outra manifestação saiu da Praça Oswaldo Cruz, na região do bairro Paraíso, e seguiu até o Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera. Ali, a Central de Movimentos Populares (CMP), a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), entre outras entidades se uniram para denunciar e gritar por direitos.

“Hoje é a volta dos caras-pintadas. Estamos nas ruas com sentimento de patriotismo. Dando esse grito em defesa da soberania de nosso país, contra os cortes na educação e em defesa da nossa Amazônia”, disse a estudante secundarista Rosana Barroso, 20 anos.

Para Sonia Coelho, ir às ruas é urgente. “Nós estamos vivendo uma das piores conjunturas do país. Um retrocesso nos direitos da classe trabalhadora. Estamos vendo a tomada da Amazônia pelo agronegócio. Desde o #Elenão, nós mulheres, temos rechaçado Bolsonaro, porque somos nós as mais impactadas, mas nós somos resistência. Damos nosso grito contra a destruição do país”.

Miriam Hermógenes, do CMP, exemplifica o impacto negativo deste governo na vida das mulheres. “A extinção do [programa] Minha Casa Minha Vida nos impacta demais. A casa não é um sonho, é um direito, e estão nos tirando este direito”, disse Miriam que denuncia também o aumento da violência contra mulheres, em muitos casos encorajados pelo tom do governo federal.

Em Mossoró (RN), cerca de 200 pessoas se reuniram em frente ao Ginásio Poliesportivo, anunciando o grito por igualdade e justiça social, Fora Bolsonaro, Grito por Moradia da Terra Prometida, Grito do MST, Grito da Amazônia e dos Povos Indígenas, o Grito da classe trabalhadora contra o ataque a seus direitos, grito da educação, saúde.

Publicado originalmente no site da Rede Jubileu Sul.

Foto de capa: Parque Ibirapuera, em São Paulo | Foto de Lucimeire Araújo | via Rede Jubileu Sul

 

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