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Dois anos após morte de Claudia, arrastada por viatura, PMs não foram julgados

Dois anos após morte de Claudia
Nesta quarta-feira, passados exatamente dois anos da morte de Claudia Silva Ferreira, arrastada por uma viatura da PM por 300 metros na Estrada Intendente Magalhães, na Zona Norte do Rio, os seis policiais acusados do crime estão soltos e não foram sequer julgados. Nesse período, o processo já passou pelas mãos de três juízes e hoje tramita no 3º Tribunal do Júri da Capital. Enquanto aguardam a primeira audiência do caso, que sequer foi marcada, os PMs seguem trabalhando na corporação, que os remanejou do 9º BPM (Rocha Miranda) — onde trabalhavam na época do crime — para outras unidades.
O tenente Rodrigo Medeiros Boaventura e o o sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno foram indiciados pela Polícia Civil pelo homicídio em julho de 2014. Entretanto, após o fim das investigações, a juíza Aline Gomes dos Santos, da 3ª Vara Criminal, enviou o processo para a Auditoria Militar, argumentando que o crime cometido pelos policiais teria sido homicídio culposo, em que não há intenção de matar, de competência da Justiça Militar. Os promotores que atuam na Auditoria discordaram e alegaram que os policiais assumiram o risco de matar e, por isso, o crime deveria ser julgado pelo Tribunal do Júri. O caso, então, chegou até as mãos do procurador-geral de Justiça do estado, Marfan Vieira, que decidiu pela denúncia por homicídio doloso. Só em março de 2015, a Justiça recebeu a denúncia.

Além de Boaventura e Bueno, os subtenentes Adir Serrano e Rodney Archanjo, o sargento Alex Sandro da Silva e o cabo Gustavo Ribeiro Meirelles também respondem pelo crime de fraude processual, por terem modificado a cena do crime, removendo Claudia — já morta, segundo a perícia — do Morro da Congonha, em Madureira. Desde dezembro do ano passado, não houve qualquer movimentação no processo.


Luta pela indenização
A família de Claudia, cansada de conviver com a lembrança da mulher baleada a poucos metros da porta de casa, deixou a favela. O viúvo, Alexandre da Silva, e os filhos da auxiliar de serviços gerais fizeram um acordo com o governo, receberam uma indenização e, com o dinheiro, compraram um imóvel de dois quartos na Zona Oeste do Rio. Já a filha mais velha do casal, Thais Silva, vive num apartamento do programa federal “Minha casa, minha vida”, também previsto pelo acordo.

Os três irmãos, os sobrinhos e a mãe da mulher, entretanto, ficaram de fora do acordo e entraram na Justiça para buscar uma indenização por parte do governo. Em sua casa, Claudia e Alexandre também abrigavam, além dos quatro filhos, seus quatro sobrinhos.

— A ação movida pela mãe contra o estado já chegou ao Superior Tribunal de Justiça. Estamos recorrendo. Já o processo dos irmãos ainda não foi aberto por conta da burocracia da Justiça — afirma o advogado João Tancredo, que defende a família da mulher.

Dois anos após o caso, os parentes da mulher perderam a esperança de ver os responsáveis pelo crime punidos. Para Julio Cesar Silva Ferreira, irmão da mulher, o caso vai ficar impune.

— Quando a Claudia morreu, até o governador chamou a gente para conversar. Agora, ninguém olha mais pela gente. O caso vai dar em pizza, infelizmente. Os PMs estão soltos e vão continuar trabalhando normalmente. É triste demais — afirma.

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