De Babel a Pentecostes: travessia…
Babel é um símbolo do totalitarismo.
Uma só língua, uma só visão, sem espaço para o diferente, “ame-o ou deixe-o”…
O humano querendo ocupar o lugar do Absoluto, “liberdade é submissão aos meus ditames”…
A posse da verdade absoluta…
para que ciência, medicina?
Para que outros olhares, outras culturas, outros povos?
Para que outras crenças, diferentes modos de ser?
Babel: reino da discórdia…
Deus não gostou do que viu…
A diversidade foi um livramento!
A torre gorou.
Caia!
Seja nossa perseverança rumo a Pentecostes!
Onde sopra o Espírito de Vida para curar/restaurar a vida/criação que geme…
dores de parto…
Que nasça vida nova!
Diversidade reconciliada!
Travessia…
Novo céu, nova terra,
onde habite a justiça
e na diversidade de línguas, as mais estranhas,
diversidade do povo e dos povos,
Biodiversidade,
se possa celebrar o milagre da vida!
Augusto Amorim Júnior – Presbítero da Igreja Presbiteriana Unida de Itapagipe-BA.
Poema publicado no blog TEOLOGANDO NA SERRA – um olhar sócio-teológico a partir do nosso chão