Por: Cláudio Márcio R. da Silva*
O sol briga com as nuvens e hoje irá vencer
Brilhará com a força da recriação como mãe na hora do parto
Dor e beleza dão as mãos como poesia periférica
Do possível caos a nova ordem fé, festa e luta
Sou mensageiro da esperança e fazedor do esperançar
Toda nebulosidade é dissipada com luz de dentro e de fora
O mutirão da humanização é por garantia de direitos sociais
No beijo da paz e da justiça o pão e o livro se tornam um
Já pegou sua marreta? Derrubamos muros e construímos pontes
Já se sentou na mesa da fraternidade? Ninguém pode ficar de fora
Já afirmou seu lugar identitário? Não negue o do outro
Já falou o suficiente? Agora é hora de ouvir
Vamos precisar de muitas mãos com seus saberes e fazeres
Vamos precisar de muitas cores, muitos cheiros e sabores
Vamos precisar de muitos sons que produzam beleza como os pássaros matinais
Vamos precisar de todos e todas que ainda acreditam no amor
* Reverendo da IPU de Muritiba (cidade serrana do recôncavo baiano).
Publicado no blog Teologando na Serra