A segunda maior taxa é a da Colômbia, com 10,9%, avanço de 0,5 ponto na comparação anual. O terceiro lugar ficou com a Costa Rica, com uma taxa de 9,5%, uma queda de 0,5 ponto percentual ano contra ano. No consolidado da América Latina e Caribe, o desemprego ficou em 9,2% no primeiro semestre, avanço de 1,6 ponto percentual.
Segundo as agências da ONU, os mercados de trabalho latino-americanos e caribenhos, especialmente o brasileiro, continuaram pressionados pelos efeitos da contração econômica e da deterioração geral de indicadores. Segundo projeções recentes, o Produto Interno Bruto (PIB) da região deve cair 0,9% em 2016. Para o Brasil, a projeção é de recuo de 3,4%.
Não estão previstas melhoras significativas da situação do mercado de trabalho no segundo semestre. A contração do PIB regional e seu impacto na demanda por trabalhadores afetará na manutenção da queda anual da taxa de ocupação. Por outro lado, a expansão de empregos informais poderia atenuar esse impacto em termos quantitativos, mas refletiria em uma deterioração da qualidade do emprego, completaram as agências das Nações Unidas.
“Apesar de os dados terem sido influenciados fortemente pelo caso do Brasil e seu peso nas médias ponderadas, todos os outros países da América do Sul com informação disponível, exceto o Peru, também sofreram aumentos em sua taxa de desemprego”, disse o relatório, assinado pela secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, e pelo diretor-regional da OIT para América Latina e Caribe, José Manuel Salazar.
Segundo eles, a marcada heterogeneidade entre as sub-regiões também foi observada nos indicadores disponíveis sobre a qualidade do emprego, a variação interanual do emprego registrado e do salário real no emprego formal.