A amizade entre nós mulheres é uma coisa preciosa, misteriosa, maravilhosa. A amizade nos sustenta nos momentos mais difíceis da nossa vida, também nos momentos mais alegres.
Quando ficamos preocupadas, tristes ou em dúvida, é a amiga que a gente procura para conversar, abrir o coração, conseguir tranquilidade e de novo ter a paz. A magia da amizade entre mulheres tempera nossa caminhada, cria laços profundos e eternos, aponta a direção do novo. Que magia, que força! Aqui tem coisa que não é só deste mundo! Acredita!
Vamos escutar a parte da história de Rute e Noemi que conta sobre a amizade entre estas duas mulheres.
Vamos formar um círculo com as nossas cadeiras. Nosso símbolo é uma roda em que todas somos iguais, importantes, comadres.
Leitura: Rute 1,6-18
- Em mutirão, recontar a história de Rute e Noemi.
- Nesta história, o que mais mexeu com cada uma? Por quê?
- Havia uma amizade de corpo e alma entre Rute e Noemi? Como?
- O que aconteceu dentro do corpo e da alma das duas mulheres neste acontecimento?
Situando
Novela é o jeito de contar os fatos da vida. O coração da história de Rute e Noemi é uma aliança (1,16-17). Quando na Bíblia falamos de aliança, logo nosso pensamento vai para a aliança de Deus com Abraão, Moisés, o povo. Aliança que lembra as alianças entre nações. Nestas alianças emerge forte um elemento: são estabelecidas entre grandes e pequenos; um rei e seu vassalo; Deus e o povo.
Rute e Noemi inauguraram um novo modelo de aliança: mulher que aposta em mulher. Vamos olhar de perto alguns elementos:
- Quem propõe a aliança é Rute, mulher, viúva, jovem, judia: pobre das mais pobres.
- Ela busca parceria com Noemi, mulher, viúva, velha, judia: pobre das mais pobres.
- Os termos da aliança são: ir morar com a sogra; abandonar sua família para fazer parte de outra família, deixar seu povo para viver no meio de outro povo; deixar para trás seu Deus para assumir o Deus da sogra: uma aliança que supera a morte.
Rute deixa tudo para trás, olha para frente, caminha no rumo do incerto. Marca seu passo com o passo cansado, lento, desesperançado de uma mulher que tudo perdeu. Ela aposta naquela que não quer mais ser chamada doçura, pois a vida a pisou e a afligiu, nada mais tem a dar e, por isso, quer ser chamada de amargura. A nora alinha o passo com a sogra, vai para um povo que desmanchou casamentos, mandou embora mulheres estrangeiras e filhos nascidos das uniões consideradas impuras.
Dinâmica
- Colocar um papel grande no meio da roda; ao lado, pincéis ou lápis de cera.
- Colocar uma música suave, sem palavras, para criar um ambiente de oração.
- Entregar uma vela para cada mulher.
- Colocar uma vela acesa no meio do papel grande.
- Neste ambiente, convidar as mulheres a lembrar de amizades importantes em sua vida: amizades de magia, de mulheres, amizades que tocaram sua alma e seu corpo, amizades que fizeram nascer nova esperança e vida no coração de cada uma.
- Uma por uma, cada mulher diz o nome de suas companheiras de corpo e alma.
- Uma mulher, sentada no chão, escreve cada nome lembrado em letra visível no grande papel ao centro da roda.
- Depois, convidar as mulheres a partilhar suas experiências de amizade vividas com sua amiga.
- No fim da partilha, cada mulher ascende sua vela na vela grande. Depois, todas se abraçam na amizade, trocando velas e orações.
–
Fonte: Subsídio retirado da publicação Palavra na Vida 205, Mulheres dando à luz a nós mesmas! Encontros para o Dia Internacional da Mulher (páginas 15, 16 e 20).
Autoras: Jane Dwyer e Tea Frigerio.