Reflexão do Evangelho

Parábola das Dez virgens: Mt 25,1-14

A Palavra de Deus hoje é um convite a estarmos sempre ligadas e atentas aos sinais dos tempos e às manifestações da natureza e do meio ambiente. Como sabemos, o universo está interligado e nossa vida depende de mantermos o nosso planeta terra vivo e com muita saúde. O nosso Deus é o Deus da vida plena, da vida em abundância, e quer nossa participação no cuidado do que pertence a todos. Nossa felicidade depende da nossa prudência em preservarmos o óleo para que nossas lâmpadas estejam sempre acesas para iluminar nossos pés na caminhada diária, para aquecer nossos corações, para sermos sensíveis aos direitos de todos. E isso só será possível se nossa cabeça e nossa mente estiverem abertas para o novo, e às necessidades prementes que o meio requer.

Deus não nos espera no final do caminho para nos submeter a um juízo; Ele está dentro de nós em todos os instantes de nossa vida, inspirando-nos, para que possamos viver com mais plenitude e sentido.

Esta parábola podemos dizer que está centrada na inutilidade de uma espera que não é acompanhada de uma atitude de amor e de serviço. As lâmpadas devem estar sempre acesas; se esperarmos para prepará-las no último momento, perderemos a oportunidade de entrar para a festa de casamento. Não podemos nos portar com imprudência como as 5 virgens que consumiram o óleo sem critério e acabaram sem nada, não podendo iluminar o caminho e muito menos participando da festa da vida. Neste tempo da criação o momento é propício para refletirmos sobre o desrespeito e a falta de critério que os seres humanos têm frente ao cosmos que é finito, assim como tudo que o planeta vida nos oferece.

A ideia que muitas vezes temos de uma vida futura esvazia a vida presente até o ponto de reduzi-la a uma incômoda “sala de espera”. A preocupação pelo “mais além” nos impede assumir com mais intensidade o tempo que nos cabe viver hoje e agora. A vida presente tem pleno sentido por si mesma se fizermos a vontade do noivo que quer celebrar um casamento que seja eterno, já aqui neste mundo. O que projetamos para o futuro já está acontecendo aqui e agora, e está ao nosso alcance; podemos viver a eternidade, já que podemos nos conectar com o que há de Deus em nós; aqui e agora podemos alcançar nossa plenitude, porque sendo morada de Deus, temos tudo ao alcance da mão.

Nós estamos cultivando os princípios do bem viver para que o óleo seja o preservado pelas virgens prudentes, que souberam dosar a medida para que nunca faltasse? Estamos nos preocupando com o direito das gerações futuras, temos a consciência de que o mundo nos foi emprestado pelo Criador por alguns anos e que cabe a nós o dever de cuidar, cultivar e semear para que ele esteja vivo e habitável para as próximas gerações?

O Noivo está preparado, ele quer celebrar a festa nupcial, ele quer encontrar a noiva radiante, por isso ele espera o momento certo, mas para as virgens ele está demorando, temos que ter presente que o tempo de Deus não é o nosso tempo, ali a importância de estar despertos e vigilantes, por que ele pode vir na hora em que menos esperamos.

A importância e o significado deste noivado não são os noivos, nem os convidados nem mesmo a festa, mas sim a Luz. A luz é mais importante porque sem ela ninguém entraria no banquete, daí a importância das jovens manterem suas lâmpadas acesas, quem não ilumina o caminho tropeça e a vida se torna ameaçada pelo sistema mas também pela rebeldia do meio ambiente por ter perdido seu equilíbrio pela intervenção irresponsável do ser humano. Portanto, o centro desta parábola é cuidar do óleo para que nunca falte e manter sempre as lâmpadas acesas. O banquete só é possível se as lâmpadas estiverem acesas.

Pois bem, para que uma lâmpada consiga iluminar a festa é preciso ter azeite. Aqui está o ponto chave. O importante é a luz, mas o que é preciso para alimentá-la é o azeite. Quem é esse azeite que alimenta a lamparina de sua vida?

Quem é esse tesouro que deve ser conservado para iluminar sua vida, e que vai tornar-se a energia que alimenta a lâmpada da vida? É a sabedoria da existência; o azeite é tudo aquilo que é nutriente, fecundo, iluminante e que fizermos com amor e que se expressa como contínua fonte de renovação; azeite é vida interior expansiva que se revela e que se consome nos encontros, na interação e na comunhão com os outros, na comunidade e na sociedade que defende a vida, em resumo, azeite é o que há de mais divino no interior de cada um, que precisa ser descoberto, reconhecido e ativado para tornar-se luz.

Por isso, devemos ser sensatos, dando sentido a vida, atentos e despertos às surpresas da vida. Para quem vive desperto, a vida interior torna-se uma fonte inesgotável de energia, de dinamismo e criatividade.

“Assim se entende porque as jovens prudentes não compartilhem o azeite com as imprudentes. Não se trata de egoísmo: é que a lâmpada não pode arder com o azeite do outro. A chama, à qual se refere a parábola, não pode ser acesa com o azeite comprado ou emprestado”. Este azeite deve ser cultivado no coração de cada um para que a criação que hoje grita por vida seja ouvida pelo Deus libertador pelo Deus da vida e Deus mais uma vez não se canse de nós e venha em socorro do universo.

Sabemos que o azeite só ilumina quando se consome. Nossa vida revela pleno sentido e alcança seu fim quando desaparecemos, consumindo-nos no serviço aos outros. A Luz é força fecundante, princípio ativo, condição indispensável para que haja vida, e vida em abundância para todos. Sejamos azeite, sejamos luz, sejamos vida, sejamos as virgens prudentes.

Com que óleo você tem abastecido sua lâmpada? Você está ciente de seu dever no mundo em que vive? Em quem você confia hoje para preservação da lâmpada acesa? Qual é o óleo que está faltando na sua vida?

Alceu Facco
CEBI-PR

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