Reflexão do Evangelho

#Caminhando [Marcelo Barros]

Queridos irmãos e irmãs!
Hoje nós celebramos, na Igreja Católica, a festa do corpo e sangue de Cristo. Uma festa problemática porque ela surgiu na idade média no século XIII e XIV como um,  instrumento de luta contra o que eles chamavam de herege, quer dizer pessoas que não seguiam a Igreja e que negavam a presença real de Jesus na Eucaristia. E a festa foi criada para dizer não, eu acredito na hóstia consagrada e saía com a hóstia na rua, para o povo adorar e como que, a igreja que era Poderosa, impor essa fé a  todo mundo. E isso não é um projeto de Deus e nem é o sentido mais profundo da Eucaristia. Hoje ainda a gente assiste a uma Igreja Católica na qual, muita gente, fica na devoção eucarística, benção do Santíssimo, adoração, procissão e parece que são mais importantes.

Quando eu era jovem, eu me lembro de uma missa da festa de hoje, na concatedral  São Pedro dos Clérigos, em Recife,  no pátio de São Pedro, em que o arcebispo Dom Helder Camara antes de começar a missa, ele se mostrou triste e ele revelou às pessoas que estavam ali na sacristia, se paramentando, se preparando para fazer aquela celebração solene, ele disse “a minha tristeza é que eu vou sair na rua com o ostensório,  com hóstia consagrada e todo mundo se ajoelha, tira o chapéu, a banda de Música toca, mas essas mesmas pessoas que adoram Jesus na Hóstia consagrada, não reconhecem Jesus no corpo do pobre, nas pessoas que estão na rua, nas crianças abandonadas”. Então se a gente não percebe a presença, o corpo social de Jesus, que sentido tem a reconhecer a presença dele no corpo sacramental que é o pão? Santo Agostinho dizia em um sermão no dia da Páscoa “este pão representa o que vocês são, vocês é que são o corpo de Cristo e o pão é sinal, é sacramento, daquilo que vocês são. Então sejam corpo de Cristo”. Ser o corpo de Cristo significa o quê? Ser presença do Cristo no mundo e reconheça o outro, principalmente, o necessitado, o carente, aquele que tem a sua dignidade negada, que vive uma situação que é de uma injustiça estrutural, ele é vítima dessa Justiça, então veja nele o Cristo crucificado e ver nele o Cristo crucificado é trabalhar para tirar o Cristo da cruz, não é deixar o Cristo na cruz. Jesus não está pedindo para ser adorado, mas está pedindo para ser seguido, a gente tem que seguir. Então Gente esse é o apelo da festa de hoje, o evangelho João 6, 51-58 no qual  Jesus diz “é a minha vida nada para a sensação do mundo”. Um grande abraço a você,  Deus abençoe e até amanhã se Deus quiser.
(João 6, 51-58).

Marcelo Barros é monge beneditino, teólogo e escritor. Trabalhou como secretário e assessor de Dom Helder Câmara para assuntos ecumênicos.

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