Gênero

Michel Temer volta a pôr as mulheres no lar

O dia era de celebração para o sexo feminino e o presidente do Brasil, Michel Temer, até quis assinalar a data, 8 de março, a partir do Palácio do Planalto.

Porém, o que disse em quase 11 minutos de discurso – onde elencou o papel da mulher nas vários campos da sociedade brasileira – acabou por gerar contestação.

Isto porque a mais alta figura política do Brasil veio considerar, no seu discurso, que a mulheres eram quem estavam melhor preparadas para identificar as flutuações econômicas de um país, por gerirem o orçamento doméstico.

“E hoje, como as mulheres participam em intensamente de todos os debates, vou até tomar a liberdade de dizer que na economia também, a mulher tem uma grande participação. Ninguém mais é capaz de indicar os desajustes, por exemplo, de preços em supermercados do que a mulher”, afirmou.

“Ninguém é capaz de melhor detetar as eventuais flutuações econômicas do que a mulher, pelo orçamento doméstico maior ou menor”.

Apesar de reconhecer que a mulher ainda é, dentro e fora do Brasil, “tratada como se fosse uma figura de segundo grau”, merecendo “ocupar o primeiro”, Temer vem sublinhar o papel delas na formação dos filhos:

“Tenho absoluta convicção, até por formação familiar e por estar ao lado da Marcela [primeira-dama], o quanto a mulher faz pela casa, o quanto faz pelo lar, o que faz pelos filhos. E, portanto, se a sociedade de alguma maneira vai bem, quando os filhos crescem, é porque tiveram uma adequada educação e formação em suas casas. E seguramente isso quem faz não é o homem, isso quem faz é a mulher”.

Num discurso que passou pela enumeração das conquistas femininas em torno do voto e da intervenção política, a par da empregabilidade, a verdade é que o presidente do Brasil tem um histórico de opções nem sempre paritárias.

Leia o discurso de Michel Temer na íntegra aqui

Recorde-se, por exemplo e recentemente, o executivo que nomeou, quando sucedeu a Dilma Rousseff no mais alto cargo do país, após o impeachment [destituição] desta. Em maio de 2016, Temer definiu as pastas ministeriais e não contou com nenhuma mulher para as funções, o que configurou um retrocesso de 40 anos.

Atualmente, há uma na Advocacia-Geral da União e uma segunda a tutelar os Direitos Humanos.

Misoginia contra Dilma

Também por aquela altura, a revista Veja fazia um perfil da primeira-dama, definindo-a como “bela” “recatada” e “do lar”. Os ecos de crítica foram intensos, prolongados e ainda hoje duram.

Também Marcela Temer tomou a palavra para celebrar o Dia Internacional da Mulher e, num discurso um pouco mais curto, vincou o direito à escolha como “modo de vida” – prerrogativa de cada uma – e a a violência sexual e física e a violência sexual e física a que o sexo feminino é submetido quotidianamente.

“Nesse dia em que paramos para refletir nossas lutas e conquistas, é importante que a sociedade reconheça os vários papéis que nós exercemos e que nossas escolhas sejam respeitadas por todos, desde profissão ao nosso modo de vida”, afirmou a primeira-dama brasileira.

As comemorações coincidiram também com o anúncio de algumas medidas que pretendem salvaguardar o direito da mulher às suas escolhas. “Devem ser respeitadas na tomada de decisão sobre o parto, e ela discutirá isso com o Sistema Único de Saúde (SUS)”, anunciou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

No que diz respeito à violência, as estatísticas apresentadas revelam que metade das denúncias feitas por vítimas ao número de Atendimento da Mulher – o 180 – tinham lugar em relacionamentos com cinco anos ou mais com o agressor.

Fonte: www.delas.pt, 09/03/2017.

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