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A unidade dos cristãos e a tarefa da libertação

Oração Comum. Comemoração conjunta luterano-católico romana da Reforma em 2017
Confira o artigo de Marcelo Barros sobre a SOUC 2018.

Deste domingo, 13 ao domingo 20 de maio, em muitos lugares do hemisfério sul, cristãos das mais diferentes Igrejas se unem na Semana de Orações pela Unidade dos Cristãos. É uma iniciativa que nasceu, há mais de cem anos, tanto no ambiente católico, como em meios evangélicos. No hemisfério norte, essa semana é celebrada em janeiro. No Sul, as Igrejas históricas costumam ligar esse evento com a semana anterior à festa de Pentecostes. Pedem a graça da unidade visível de todas as pessoas batizadas, já que se acredita que “há um só batismo, uma só fé e um só Senhor”, portanto a unidade fundamental já existe. Só que não se vê. O que se vê é divisão, indiferença a outras Igrejas e a arrogância de se pensar a única Igreja de Cristo.

Atualmente, todas as Igrejas envolvidas nesse caminho da unidade têm consciência de que é preciso superar a divisão, mas a diversidade é boa e deve ser mantida. Ninguém deseja a uniformidade. A meta é a unidade na diversidade e a serviço da humanidade. Nesse ano, o tema da Semana da Unidade se inspira em um verso do livro do Êxodo e diz: “A mão de Deus une e liberta”. Os subsídios para as reflexões e cultos foram preparados por cristãos do Caribe. Ao mesmo tempo, essas meditações sobre a unidade propõem unir as Igrejas na defesa dos migrantes e refugiados, expostos aos mais graves riscos de vida e vendo os seus direitos humanos violados.

A divisão das Igrejas impede um testemunho mais forte e unificado de todas as comunidades cristãs em favor da paz, da justiça e do cuidado com a Terra e a natureza. No mundo atual, existem mais de 20 guerras internacionais. Em muitos desses conflitos, para se matarem uns aos outros, os grupos ou povos envolvidos invocam, além de interesses econômicos e políticos, também motivos religiosos. O Estado de Israel oprime os palestinos por uma visão imperialista e racista da história. No entanto, mesmo se muitos grupos judeus e muçulmanos trabalham pelo diálogo e pela solidariedade inter-religiosa, a divisão entre as duas culturas religiosas ainda é um fator que não ajuda. No sul da Índia, se opõem muçulmanos e hinduístas, na Nigéria, muçulmanos e cristãos. Hans Kung, teólogo suíço, afirmou: “O mundo não terá paz se as religiões não aprenderem a dialogar entre elas e as religiões não dialogarão se as Igrejas cristãs não se unirem”.

Nos anos 60, o papa João XXIII convocou em Roma todos os bispos católicos do mundo no Concílio Vaticano II. Quando o papa pensou o Concílio, sua primeira intenção era abrir a Igreja Católica à unidade com as outras Igrejas.

O Concílio ensinou que o projeto de Deus é a unidade, tanto dos cristãos, como de toda a humanidade.

“A divisão dos cristãos é contrária à vontade divina. Contradiz o evangelho do amor e, por isso, é um obstáculo para a missão da Igreja” (U.R. 1). Se a divisão é expressão do nosso pecado, a unidade só se fará através da conversão do coração e da oração. A unidade é dom de Deus. Portanto, precisamos pedi-la e nos dispor para recebê-la do Pai. Na véspera de sua paixão, Jesus orou ao Pai pela unidade de todos/as os que um dia viessem a crer nele: “para que sejam Um, assim como Eu e Tu somos um. Que eles (elas) sejam unidos, para que o mundo possa crer que Tu me enviaste” (João 17, 19- 21).

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