Notícias

Reflexão da semana: A vida depois da morte

A vida depois da morte (Lucas 20

via IHU Online*

Leia a reflexão do evangelho sobre Lucas 20,27-38, por Fernando Dupont.

Boa leitura!

O evangelho de hoje traz à luz o antigo e sempre atual questionamento sobre o que acontece depois morte. Existe vida, ressurreição?

Jesus responde a esta pergunta. Mas, para entender sua resposta, precisamos conhecer um pouco sobre a fé na ressurreição no Primeiro Testamento.

Porque é dessa tradição veterotestamentária que bebe Jesus e os/as primeiros/as cristãos/ãs.

O texto explica claramente que os saduceus não acreditam na ressurreição. Eles se opõem ao pensamento inovador dos fariseus que afirmam a ressurreição, a existência de anjos e acreditam no juízo de Deus.

Quando lemos o Primeiro Testamento, descobrimos um Deus da vida e dos vivos. O livro do Deuteronômio O apresenta como “o Senhor da vida e da morte” (Deuteronômio 32,39).

O segundo livro dos Macabeus, em que se narra o martírio dos sete irmãos e sua mãe, expressa a esperança deles na ressurreição: “É o Criador do mundo que formou o homem em seu nascimento e deu origem a todas as coisas, que vos retribuirá, na sua misericórdia, o espírito e a vida…” (2 Macabeus 7,23).

Dessa maneira, este texto, assim como outros (Salmo 73,23; Isaías 26,19; Oseias 6,1-3), nos revelam um Deus que é fiel à aliança que fez com seu povo, e essa fidelidade é salvadora. Por isso, os justos, aqueles/as que vivem conforme a sua lei, não conheceram a corrupção, senão a vida em plenitude que Deus lhes dará em recompensa.

Jesus se situa em continuidade a esta fé. Tomando as palavras de Moisés, afirma sua crença num Deus que “não é Deus de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele”.

Ele conhece o amor de seu Pai a cada uma de suas criaturas e sabe também que esse amor criador, incondicional, é mais forte que a morte, a ponto de ele mesmo chegar a proclamar:

“Eu sou a ressurreição e a vida, quem acredita em mim, mesmo que morra, viverá” (João 11,22).

O texto de hoje quer também esclarecer o conceito de ressurreição. Podemos fazer uma parada e nos perguntarmos qual é nossa ideia sobre a ressurreição dos mortos.

A pergunta dos saduceus a Jesus se baseia na lei judaica do levirato, que buscava proteger a viúva (Deuteronômio 25,5-10). Quando o homem morre sem deixar filhos, seu irmão deve tomar sua mulher para cuidar e também gerar prole. Então, “na ressurreição, de quem a mulher vai ser esposa?”.

Esta pergunta desenha um imaginário errôneo de ressurreição como repetição desta vida, anulando a novidade que a ressurreição cria, gera, não regida mais pelas leis físicas ou biológicas, senão pelo amor de Deus no qual a criatura ressuscitada participa.

Isso não quer dizer que a pessoa, ao ressuscitar, perde sua identidade, diluindo-se na presença de Deus.

Ao contrário! Assim como Jesus, ao ressuscitar, alcança sua plenitude humana, seus irmãos e irmãs que morrem, ao ressuscitar, não perdem sua identidade, continuam sendo eles/as e seu mundo de relações que os/as definem, mas de uma maneira mais plena, total, que transcende as barreiras do tempo e do espaço.

O teólogo espanhol Andrés Torres Queiruga, refletindo sobre a afirmação de Jesus de que na ressurreição os homens e as mulheres “não se casarão mais, porque não podem mais morrer, pois serão como os anjos”, considera que estas palavras não anunciam uma vida abstrata ou despersonalizada.

Antes, elas aludem à plenitude do novo modo de existência, em que o amor, porque estará livre do egoísmo, não se submeterá à rivalidade e à exclusão. Os vínculos e o amor se conservarão, mas já não se limitarão à vida e às relações, mas se expandirão para alegria de todos.

Assim sendo, o evangelho de hoje é um convite a renovar nossa fé no Deus da vida, que fez de seu filho Jesus o primogênito dos que ressuscitam dos mortos, criando para nós o caminho da vida eterna.

Crer na ressurreição de Jesus nos leva a crer na nossa própria ressurreição, a celebrar a vida nova de nossos mortos e a esperar ativamente nos encontrarmos todos e todas no banquete eterno, onde todos, sem exceção, nos sentaremos na mesma mesa dos filhos e filhas de Deus.

Publicado originalmente no site do IHU Online: http://www.ihu.unisinos.br/espiritualidade/comentario-evangelho/500070-domingo-14-de-novembro-evangelho-de-lucas-2027-38

situs judi bola AgenCuan merupakan slot luar negeri yang sudah memiliki beberapa member aktif yang selalu bermain slot online 24 jam, hanya daftar slot gacor bisa dapatkan semua jenis taruhan online uang asli. idn poker slot pro thailand

Seu carrinho está vazio.

×