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Pastoral da Juventude e Comunidades Eclesiais de Base: ‘filhas da Teologia da Libertação’

Pastoral da Juventude e Comunidades Eclesiais de Base: ‘filhas da Teologia da Libertação’

A Pastoral da Juventude tem que acentuar o debate para construir a cultura do Bem Viver, afirmou a secretária nacional da Pastoral da Juventude, Aline Ogliari, durante o debate "A cultura do Bem Viver e o cuidado com a criação – novas relações de gênero”, no último sábado, 24 de janeiro, durante o 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ), em Manaus, Estado do Amazonas. Segundo ela, na opção pelos pobres e excluídos, "a gente tem que viver junto, como eles e acreditar para conseguir construir a libertação. A cultura do Bem Viver tem que se espalhar”.

Aline lembrou que as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) vivenciam os sinais do Reino na opção preferencial pelos pobres, além de uma espiritualidade mais libertadora e ecumênica. "Nós da PJ somos filhos das CEBs. As CEBs são muito importantes para nós, somos filhos da Teologia da Libertação”, afirmou.

O monge beneditino Marcelo Barros, quem também participou do debate, disse que a cultura do Bem Viver vem dos Andes, da cultura indígena latina, especialmente, em três países: Bolívia, Venezuela e Equador. "A gente tem que ter uma espiritualidade que viva a inclusão, a diversidade que vem de Deus. Deus é uno e diverso, nós somos uno e diversos”, observou.

Barros lembrou ainda a importância da Revolução Bolivariana, protagonizada por Simón Bolívar, pela libertação da América Latina e que foi retomada por Hugo Chávez, ex-presidente venezuelano, ícone na luta pela integração latino-americana das últimas décadas.

Sobre as discussões políticas entre direita e esquerda no Brasil, acaloradas nas últimas eleições gerais no país, em outubro de 2013, o monge afirmou que os jovens não devem se sentir ofendidos quando chamados pejorativamente de "bolivarianos”. Segundo Barros, ser bolivariano significa lutar pela integração da América Latina, pela independência e libertação do imperialismo e caminhar na direção de um novo socialismo. Para Aline Ogliari, a luta pela integração da América Latina deve estar viva na juventude.

Enfrentar a cultura machista no dia a dia

Ao abrirem o debate sobre o tema "A cultura do Bem Viver e o cuidado com a criação – novas relações de gênero” para a plenária, muitas jovens expuseram suas angústias, sobretudo em relação à cultura machista, opressão e relações de gênero e homoafetividade, e reclamaram do conservadorismo que ainda impera em muitos setores na Igreja.

"Precisamos dialogar mais sobre relações de gênero e homoafetividade. Não é questão de levantar bandeira, mas incluir a discussão na Igreja e nos grupos de base. A desconstrução do machismo é tarefa de mulheres e homens e também não é para ter privilégios, é para ter garantia de direitos”, alertaram alguns.

Alessandra Miranda, também integrante da mesa, chamou atenção para as brincadeiras machistas que acontecem nas rodas de conversa e que acabam reforçando a cultura patriarcal. "Temos que tomar cuidado com o que a gente reproduz no dia-a-dia, já que a proposta é vivenciarmos a Cultura do Bem Viver”.

Segundo a secretária nacional da PJ, Aline Ogliari, "é preciso desconstruir valores culturais que são machistas e que estão presentes dentro de nós e dentro da própria Pastoral”. "Há muito que se refletir sobre isso ainda. A cultura do Bem Viver reflete a ideia de ter um mundo onde caibam todos os mundos”, finalizou.

Por: Tatiana Félix (Jornalista da Adital)

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